terça-feira, 27 de julho de 2010

A confiança


Para que nós demos a nossa confiança a alguém, é preciso que confiem em nós. Como podemos cofiar em quem não confia em nós? Sempre vamos nos sentir um bando de nada. E por mais incrível que pareça, vamos ser questionados por isso.
Por isso eu digo que a diferença é que incomoda as pessoas. A grande diferença!
A diferença do modo de pensar. O cinismo, o sarcasmo, a inteligência, a capacidade de manipulação, a sinceridade, a diversidade...A ignorância. A diferença do normal para o imprevisível. Imprevisíveis. Chatos. Emocionais. E sempre imprevisíveis. Um caco, um lixo, um nada...Ou tudo. A diferença do insistente para o chato, do estudante para o pensador, do leitor para o viciado. O viciado em aprender, a fazer poesia, a não rimar nada, mas dizer tudo. Porque o único vício do viciado em ler, é ler. É escrever. Mas, não escrever com palavras, escrever com lágrimas. Verdadeiras ou de crocodilo, ainda assim, lágrimas.
E tudo isso por que somos loucos e anormais. Então, salve, salve, louco! Que não acreditam em sua loucura porque ela é rara. É rara por que é única. É a loucura de quem quer ver o sol virar lua, e prevalecer a escuridão. Afinal, o louco anormal e imprevisível está acostumado com as sombras, porque elas são nossas amigas. Nos acostumamos com o breu da vida, por isso não dói a escuridão. Não dói nem que nos corte a pele e deixem inflamar. Dói mais se afogar no dia-a-dia, na rotina do tic-tac, e claro, na melancolia. Dói mais vestir uma máscara sorridente, quando tu não está. Ainda desta forma, salve, salve, louco! Queremos gritar...Então gritem, gritem muito, ou melhor, não gritem! É desperdício de voz. Não vão nos escutar. Eles não escutam os mentirosos que são sinceros. Rir sem alma, não é rir, acredite. E continuemos andando, escutando mais críticas, tomando mais surras e ficando mudos, não desanimem, continuem andando. Andem mais um pouco, a eternidade os espera; Enquanto isso procurem se perder nos gritos calados e nos choros afagados. Ainda vão te questionar, mas, resista. Porque uma hora a corda arrebenta, e aí, nos já vamos estar cansados de gritar, e de principalmente, de chorar.

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