terça-feira, 6 de julho de 2010

O medo de amar


É inexplicável a sensação de amar. Sentir algo forte e especial por alguém, essa pessoa ter um poder tão sublime que acalma nossa alma nos momentos mais intensos, com apenas um simples abraço.
É aí que ao deitar em nosso travesseiro, sob o céu estrelado e o luar exuberante e absoluto no céu com uma trilha sonora silenciosa e contínua que sentimos em total manifestação, o medo de amar alguém. Esse medo nos força a perguntar: ''o que será de mim se eu perde ela(e)''.
Por um segundo, neste momento, não gostaríamos de amar tanto assim. O medo se instala no nosso pensamento, as lembranças boas de cada passeio, do toque das mãos dadas,dos longos telefonemas com sua mãe gritando te dizendo que já fazem duas horas que você está na linha. Das piadas, dos abraços, do beijo, da respiração ofegante, do olhar penetrante, lembranças que se transformam em uma grande arma de tortura para nossa alma amedrontada. Nos vemos isolados, vazios...perdidos.
Solidão, fim de quem ama? Morte, fim de quem vive? Qual a diferença? As vezes ao perdermos um amor a dor nos faz acreditar que seria mais fácil ter morrido. A forma mais cruel de se viver é apenas existir.
Porém, as vezes para se viver é preciso acreditar que tudo será como é hoje. Acreditar que sempre que chorarmos esse nosso amor secará nossas lágrimas. Acreditar que ele sempre será o nosso melhor amigo e que sempre estará conosco. Acreditar é realizar, é ter a coragem de ir e voltar, de segurar firme e soltar com sutileza. Amar é acreditar no impossível e ir mais além, é ver o invisível, tocar o intocável e dizer para o nosso amor: isso tudo ainda é pouco.

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