quinta-feira, 8 de julho de 2010

Durma, eu te carrego.


- Estou com saudade - sussurrei.
- Eu sei, Bella. Acredite, eu sei. É como se você tivesse levado metade de mim com você.
- Venha pegar, então - eu o desafiei.
- Logo, assim que for possível. Primeiro vou garantir que esteja segura.
- Sua voz era áspera.
- Eu te amo - lembrei a ele.
- Você acreditaria que, apesar de tudo o que fiz você passar, eu também te amo?
- Sim, eu acredito.
- Encontrarei você em breve.
- Vou ficar esperando.
Assim que o telefone ficou mudo, a nuvem de depressão começou a se arrastar acima de mim de novo.
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- Edward disse - tentei dizer, mas não consegui ouvir minha voz. Eles podiam me ouvir.
- Ele está bem aqui Bella.
- Fique, Edward, fique comigo..
- Eu ficarei. Sua voz era tensa, mas de certo modo triunfante.
Suspirei de satisfação. O fogo passara, as outras dores entorpecidas por uma sonolência que tomava meu corpo.
- Saiu tudo? - perguntou Carlisle de algum lugar longe.
- O sangue dela está limpo - disse Edward em voz baixa. - Posso sentir a morfina.
- Bella? - Carlisle me chamou.
Tentei responder.
- Hmmm?
- O fogo passou?
- Sim - Obrigada, Edward
- Eu te amo - respondeu ele.
- Eu sei - sussurrei, absolutamente cansada.
Ouvi o som de que mais gostava no mundo: o riso baixo de Edward, fraco de alívio.
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- Está na hora de leva-lá - disse Carlisle.
- Não, eu quero dormir, - reclamei.
- Pode dormir, meu amor, eu carrego você - Edward me tranqüilizou.
E eu estava em seus braços, aninhada em seu peito - flutuando, toda a dor desaparecia.
- Durma agora, Bella - foram as últimas palavras que ouvi.

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